domingo, 17 de maio de 2009

Pushing Daisies

Resolvi escrever um texto pro blog sobre a série Pushing Daisies, que contém a história de amor que eu mostrei na quinta passada:

Ned e Chuck eram amigos de infância. Ned cresceu longe de Chuck, e anos depois descobriu que a sua amiga tinha sido assassinada, no noticiário da TV. Ned foi ao velório e tocou em Chuck, que estava dentro de seu caixão. Chuck acordou de seu sono supostamente eterno e não entendeu nada. Ned explicou: Toco em alguém e essa pessoa ressuscita, toco novamente, e ela morre de vez. Chuck ouviu a notícia feliz. Nunca tinha se esquecido do seu primeiro amor e finalmente poderia ter algo com ele.

Ned e Chuck foram morar juntos. Ned fazia de tudo para não tocar em Chuck. Afinal ele não queria matar o amor da vida dele. Dormiam separados por uma parede. Beijavam com as bocas cobertas de papel filme. Davam as mãos, de luvas. Nenhum contato físico, um Atlântico materializado entre os dois, e ainda sim o sorriso que Ned sempre que olhava para a menina ressuscitada era o suficiente para ninguém questionar a veracidade daquilo, mesmo sendo uma série de TV americana.

Apesar disso Chuck ficava nervosa. Ela achava que era um problema pra Ned e questionava se o amor que ele sentia por ela era mesmo suficiente para balancear a falta do toque nessa relação pitoresca. Mal sabia ela que Ned não achava o Atlântico grandes coisas, e desprezava essa distância, inexistente pros seus olhos apaixonados, explícita em seu sorriso de orelha a orelha.
Diego Gebara

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