sexta-feira, 29 de maio de 2009

Trabalhos em andamento

Bianca, foi comentado que vc n poderia comparacer na aula, mas os trabalhos estão ficando ótimos, depois você verá as fotos do começo de tudo... e na próxima quinta a nossa conclusão, acredito que dará uma bela exposição =)

Beijos

Mão na massa !!!!! inicio do Trabalho com grafite


Bianca ta muito legal, todos mesmo incompletos estão muito bonitos.
Só tirei esta foto, pois estava bastante claro no momento e na hora que já tinha um esboço feito nas telas já estava bem escuro, mais realmente todos estão maravilhosos. Pena que você não pode ir.
As idéias estão ficando bem representadas e todos estão trabalhando bem...
A ideia das rosas ,da estrada do rapaz no orelhão esta uma maravilha ...
Com certeza o trabalho já ta um sucesso
Um abraço a todos

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Curiosa

Estou aqui em São Paulo morrendo de curiosidade para saber como foi o dia de hoje na oficina! E louca para ver os desenhos!!! Bem, esse breve registro dessa noite é só pra dizer que o nosso trabalho me fez muita falta hoje. Me contem no blog como foi a tarde dessa quinta para que ao menos eu possa, de longe, ter o gostinho!

Beijos para todos,

Bianca.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Domingo na Praia

Hoje o dia calmo na praia domingueira sequer serviria para apartar a tensão humana. Se o mar quebra em ondas claras, havia na areia um conflito que é mais forte do que o barulho do oceano. Porém, silencioso. E para cada aroma salgado que emanava do infinito azul uma memória doce se consumia na mente dos jovens bronzeados. Ele chegou com aquela rapidez desordenada tão conhecida pelas sereias coloridas, seus biquínis apenas a mostra. Ela ria alto, distraída com um sorriso amigo, sua mente distante de tudo aquilo que um dia levou sua beleza a estar sentada ali, como que esperando por aquela presença intrusa.
E nas duas palavras trocadas entre um leve encostar de faces, crescia ali uma corrosão maior do que jamais poderia o mar em sua amplitude natural. Estavam cercados de palavras soltas pelo vento, que jamais encontraram o devido destino, provocando em seu desvio de percurso o vagaroso passar do tempo.
E com aparência tranqüila nadavam por novas correntes, ele via outras sereias, se perdia em outros cabelos negros e brisas geladas. Ela andava se curando de ondas distantes, sua mente em outras praias ensolaradas e sua alma maior e ainda mais bonita. Porém, nada daquilo poderia impedir a dança trêmula de mão vazias daquilo tudo que um dia tiveram juntos, não muito distante daquela praia. E a poesia não entregue ainda pairava naquele silêncio, como também uma jura de amor jamais declarada enquanto aquelas mãos andavam juntas.
E ele preferiu o calar e o afastar, como ela sorria e despedia e jamais teriam podido aquelas ondas se chocarem com maior tensão. No entanto, no resto do domingo nada mais se ouviu, além do suspiro bem alto quando separadamente contemplavam a lua no céu distante, distantes.

sábado, 23 de maio de 2009

Nossas caixas em comum

Josy,

A caixa é maravilhosa!!! Assim como a ponte entre as histórias dos avós distantes, mas com sentimentos tão semelhantes... E lá na frente estaremos nós, com nossas saudades também...E mesmo hoje, nesta nossa oficina, abrimos um pouco nossas caixas para transformá-las em ficção, né?
Linda imagem, acho que o Dante tem que ver essa foto para que ela esteja de alguma forma no trabalho. Guarde a verdadeira, ela é de imenso valor!

Bianca.

Coração na caixa

Quando ouvi a história do avô senti uma identificação muito grande. Era como se tudo se passasse aqui do lado, na casa do Ailton, onde já morou a Maria. Avô e avó.
A caixa pertencia a ela, que sempre foi de guardar tudo.
Quando perguntei ao meu avô pela caixa, senti nos olhos dele aquela mesma pontinha de emoção.
Ele a abriu e tirou dela muitos papeis e uma pequena coleção daqueles cartõezinhos com fotografias de crianças - daqueles que distribuem geralmente na festinha de primeiro aniversário - tudo aquilo pertencia a ela.
Meu avô disse que eu podia ficar com a caixa e uma coisa que me marcou foi ele ter dito: "Pra que serve tudo isso? Ela não está mais aqui".

sexta-feira, 22 de maio de 2009

E por falar em coração na mão...

Alan,

Suas imagens são lindas! E a do coração esparramado nas duas mãos é maravilhosa pois parece uma oferenda também. É cheio de sentidos e pode ter muitos significados cheios de uma poesia que só as imagens podem nos trazer, muitas vezes dizendo mais do que muitas palavras juntas.
E também achei muito interessante pois vc tinha feito um desenho sobre isso na oficina e agora veio com essa foto no blog, que tem outra linguagem. Bela transposição, bela jogada entre os significados possíveis para "estar com o coração na mão".

Até já!

Bianca.

Olhos vendados


Continuando no nosso tema...
Tem gente que ainda não conhece determinadas formas de amar.
Nessa montagem eu quis simbolizar isso da seguinte forma.
Mesmo em um lugar escuro no qual o coração esta em evidencia, a pessoa se venda pra não ver sentir tal sentimento!
Espero que gostem já? Estou enjoado de falar de amor rsrsrs
Um abraço a todos!
Brigadão a todos!
Fui!

Coração na mão.


Uma expressão que todos nós usamos.
Pra falar sobre algo que nos preocupou.
Algo que nos tirou o sossego.
Algo que realmente você não gostou de ver acontecer.
Uma expressão que corresponde aflição na maioria das vezes.

Como nosso tema e o amor eu coloquei essa montagem simbolizando que o coração na mão não simboliza o controle dos atos e sentimentos que ele pode nos prover.
Pois simplesmente não se controla as coisas do coração mesmo tendo ele nas mãos.
E outra coisa também que me veio depois , que as mãos abertas também dão essa idéia de não controle, pois algo que você domina com as mãos geralmente são com as mãos fechadas...
E meio louco mais espero que entendam!
Vlw galera!!!!
Brigadão!!!!

Ideia para a carta

Oi, então estive lendo o recado seu, Bianca, para a Kelly, não sei mas acho q poderia ficar legal se as cartas mostrassem fatos opostos, do tipo uma história de amor que deu certo e uma outra que não deu tão certo assim.

Fica ai a ideia.

Beijos, inté.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Do real para a ficção - construindo a ponte

Kelly,

Sugiro que vc escreva pequenas cartas fictícias escritas de um personagem para o outro. Vc pode escrever algumas cartas que estariam sendo trocadas em momentos diferentes da estória ou apenas duas, uma dela para ele e vice-versa. O que ela gostaria de dizer para ele agora e ele para ela, seja lá qual for o lugar do mundo onde eles estejam. Transponha seus personagens e o que eles poderiam estar falando para a ficção, mesmo que tudo o que vc escreva tenha fontes reais e sentimentos reais. Quem saberá ? E qual a fronteira ? A linha é pouco nítida entre o inventado e o vivido, entre o que chamamos de real e de imaginário. E essa "migração" de um para outro é bem-vinda na criação, aliás, é assim que trabalhamos! Mas é importante dar uma forma, ou melhor, transformar, sair do plano das idéias e chegar a uma síntese. Quanto mais simples, melhor. Pouco, mas o bastante. Sei que o trabalho está sendo duro pra vc. Parabéns. É por aí mesmo. Construir as pontes não é moleza. Mas, acredite, dá uma alegria danada quando vemos o sentido.

Um beijo,

Bianca.

O valor das coisas...

Bom...desde a semana passada, tenho pensado em como trasncrever a história que contei pro papel. Já fiquei horas na frende do pc tentando transformar isso em algo textual, mas confesso que tive dificuldades de fazê-lo. Talvez pq eu esteja muito próxima da realidade e isso me bloqueia de conseguir escrever sobre. Depois de muito pensar e mesmo assim não conseguir ter um olhar distanciado da história, eu resolvi escrever apenas aquilo que é realmente importante para as partes envolvidas. Não estamos falando apenas da história de um fotógrafo que se apaixona por uma estudante de jornalismo...
A nós não interessa saber como eles se conheceram ou quando tempo tiveram juntos. A intensidade do amor deles não está no tempo, nem no espaço e sim na capacidade de se doarem um ao outro, de acreditarem apenas no que sentem, mesmo sabendo que os fatos apontavam uma outra direção. Ela simplesmente confiou e acreditou no amor dele, e somente por amor se propôs a esperar...enquanto ele, também somente por amor abriu mão de sua história, de uma carreira, da convivências com amigos e principalmente da história que poderiam construir juntos! Eles foram separados pela crueldade de um amor doentio, de uma pessoa que definitivamente não conhecia o signficado dessa palavra!
Talvez eles nunca mais se encontrem...talvez casem e tenham muitos filhos...é impossível prever o que vai acontecer.
Eu, e acredito que agora todos vocês torcem pra que eles se encontrem e fiquem juntos. Mas caso isso não aconteça, tenho certeza de que ele jamais se esquecerão do que um dia já sentiram um pelo outro e que se fosse perguntado aos dois: " Vcs viveriam tudo de novo, mesmo sabendo que ia acabar assim??" Eles responderiam com clareza: SIM!

Apenas essa resposta dispensa qualquer outro tipo de explicação.

Deixo aqui uma frase de Fernando Pessoa, que na minha opinião retrata muito bem essa história:

"O verdadeiro valor das coisas não está no tempo em que elas duram,mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis." [ Fernando Pessoa ]

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Pé na estrada


Minha história de amor fala da relação de Miguilim e sua mãe. Duas pessoas com visões de mundo diferenciadas. Mas, com sonhos em comum.
Miguilim ao sair de Mutum descobre que outras pessoas consideram o lugar bonito. E ele tenta dar essa nova visão do lugar para sua mãe. Esta não consegue ver além dos morros que a deixavam estagnada. Na visão do “Pé na estrada” existe um personagem que consegue quebrar o silêncio, e saí em busca de SOM, pessoas, estrada...
A câmera segue aflita em busca de pessoas, lugares e perspectivas. A música de Gonzaguinha foi escolhida, pois fala dessa nossa busca em irmos além de nós. Gonzaguinha, como Guimarães Rosa, fala da visão de mundo, de se encontrar com pessoas formando um novo modelo de universo. Os dois falam de sertão: lugares áridos com pessoas prontas para florescer.
Vejo a questão da arte nas imagens da mala, cartazes colados, figuras de viagens todas retiradas de vitrines. O Brasil visto através de uma vitrine de loja de viagens.
Em relação ao ritmo do vídeo no início se faz lento como se procurasse algo dentro de si. Entrando pela planície vagarosamente. Surgindo em ritmo rápido quando rompe com o mais temeroso obstáculo – o “morro”. Transpondo seus medos, e saindo atrás de novos conhecimentos.

Duas histórias

As músicas de amor são infinitas e em grande número clichês, mas existe uma que particularmente me toca por sua história. Achei válido por isso e resolvi compartilhar com vocês.

A música se chama Conversa de Botas Batidas, composta por Marcelo Camelo (Los Hermanos). A letra foi inspirada em dois velhinos que eram amantes e se esconderam de todos por muitos anos, até que um dia estavam em um motel, aconteceu uma trajéia (acho que pegou fogo) e eles não podiam se entregar pois todos descobririam do caso. Morreram juntos.

- Veja você onde é que o barco foi desaguar
- A gente só queria um amor
- Deus parece às vezes se esquecer
- Ai, não fala isso por favor
Esse é so o começo do fim da nossa vida
Deixa chegar o sonho
Prepara uma avenida
Que a gente vai passar

- Veja você, quando é que tudo foi desabar
- A gente corre pra se esconder
E se amar se amar até o fim
Sem saber que o fim já vai chegar

Refrão
Deixa o moço bater
Que eu cansei da nossa fuga
Já não vejo motivos
Pra um amor de tantas rugas
Não ter o seu lugar

Abre a janela agora
Deixa que o sol te veja
É só lembrar que o amor é tão maior
Que estamos sós no céu
Abre as cortinas pra mim
Que eu não me escondo de ninguém
O amor já desvendou nosso lugarE
agora está de bem

Refrão
Diz quem é maior
Que o amor
Me abraça forte agora
Que é chegada a nossa hora
Vem vamos além
Vão dizer
Que a vida é passageira
Sem notar que a nossa estrela
Vai cair

Agora o texto que eu levei quinta passada:

Infinito Enquanto Dure
Das histórias de amor, me intrigam mais as que acabam.

Ela tinha 12 anos quando tudo começou. Gostava dele que nem toda pré-adolescente gosta: um amor platônico pelo loiro de olhos azuis da série de cima. Até que entrou na turma dela uma garota de infância amiga do menino. As duas logo viraram melhores amigas e ela a aproximou do menino. Os dois, a menina apaixonada e o menino da série de cima, começaram a se aproximar e, com o passar do tempo, já eram amigos.
A menina começou a namorar um fortão, o menino descobriu que gostava dela. Então era que nem história de novela, um gostava do outro, outro do um, um não tinha idéia dos sentimentos do outro, e vice-versa.
O namoro acabou.
O menino, que tinha agora 17 anos, viajou com o pai para um país próximo, trouxe um presente e um brinde. O brinde era uma caneca, o presente era um beijo. Logo começaram a namorar. Formaram o casal mais bem resolvido que já conheço. Nunca os vi brigados. Se completavam, se divertiam, se conheciam, se amavam. Não sei dizer quem amava mais, eram os dois apaixonados.
Moravam em frente um ao outro. Se viam todo dia. Eram um tal de te amo pra cá, te amo pra lá. Lindo, linda. Fizeram intercâmbio no mesmo ano e moraram juntos. Voltaram para o Brasil, viram o fim de vários namoros, o começo de outros, e estavam sempre juntos, mês a mês, dia a dia.
Viveram essa alegria por três significativos anos.
O menino, que tinha agora 20 anos, viajou com o pai para um país próximo, trouxe um presente e uma notícia. O presente era um “eu te amo” materializado em uma caneca, a notícia era que o namoro chegava ao fim.
E foi assim, sem mais nem menos, sem outros nem outras, sem brigas nem saturação, o simples e puro fim do amor.
Tenho para mim que o amor não acabou por completo, mas como uma fogueira que um dia foi faísca, hoje é apenas brasa. Eis, então, o amor infinito, com início, meio e, inevitavelmente, fim.

domingo, 17 de maio de 2009

Pushing Daisies

Resolvi escrever um texto pro blog sobre a série Pushing Daisies, que contém a história de amor que eu mostrei na quinta passada:

Ned e Chuck eram amigos de infância. Ned cresceu longe de Chuck, e anos depois descobriu que a sua amiga tinha sido assassinada, no noticiário da TV. Ned foi ao velório e tocou em Chuck, que estava dentro de seu caixão. Chuck acordou de seu sono supostamente eterno e não entendeu nada. Ned explicou: Toco em alguém e essa pessoa ressuscita, toco novamente, e ela morre de vez. Chuck ouviu a notícia feliz. Nunca tinha se esquecido do seu primeiro amor e finalmente poderia ter algo com ele.

Ned e Chuck foram morar juntos. Ned fazia de tudo para não tocar em Chuck. Afinal ele não queria matar o amor da vida dele. Dormiam separados por uma parede. Beijavam com as bocas cobertas de papel filme. Davam as mãos, de luvas. Nenhum contato físico, um Atlântico materializado entre os dois, e ainda sim o sorriso que Ned sempre que olhava para a menina ressuscitada era o suficiente para ninguém questionar a veracidade daquilo, mesmo sendo uma série de TV americana.

Apesar disso Chuck ficava nervosa. Ela achava que era um problema pra Ned e questionava se o amor que ele sentia por ela era mesmo suficiente para balancear a falta do toque nessa relação pitoresca. Mal sabia ela que Ned não achava o Atlântico grandes coisas, e desprezava essa distância, inexistente pros seus olhos apaixonados, explícita em seu sorriso de orelha a orelha.
Diego Gebara

A menina da mesa ao lado - uma letra de samba escrita por Alexandre

A menina da mesa ao lado

É ela quem pede a cerveja
Levanta o braço, chama o garçom
É tanta gente que, com certeza,
Pra ela, só sua mesa já está bom

O rapaz é amigo dela
E é claro que também a quer
Ela coloca a moeda
Confere a platéia,
Meu deus, que mulher!

No salão ecoa o som
É Chico com seu violão
"Quem é você, diga logo...
...que eu quero saber"

E eu, mascarado,
cigarro nos dedos, de pernas cruzadas
Olho prum lado, olho pro outro
Levanto com calma, de novo me ajeito
Mais uma tragada, mais um gole seco

Ah, coragem...
Aonde foi que tu se meteu?
Agora que tenho vontade,
Me faça a bondade, me deixa fazer
Que eu diga pr'aquela menina
Que ela é a coisa mais linda que me apareceu
Me deixa dizer...

Mas ela sabe o que é
Se não não jogaria os cabelos,
Não andava de saia,
Cederia aos apelos
Nem sentaria ao meu lado
"Ah coração leviano,
E agora meus planos?"

Mais um copo para ver se eu escapo
De um tal sujeito que veio com um papo
Que uma tal pessoa mandou um bilhete
E quer que eu aceite e responda rápido

Mas nada naquela noite eu queria
Se não fosse a morena da saia rodada,
Eu não queria mais nada
Nenhuma outra companhia

Ah, coragem...
Aonde foi que tu se meteu?
Agora que tenho vontade,
Me faça a bondade, me deixa fazer
Que eu diga pr'aquela menina
Que ela é a coisa mais linda que me apareceu
Me deixa dizer...

Não vejo mais a lua,
Aliás, agora são duas
Decidi que essa era a hora
Fui à máquina peparar o clima
Caetano entrou pra dizer e disse

Voltei pra falar com a menina
Na mesa, ficou a incerteza
De que toda aquela beleza
Talvez nunca existisse

Perguntei ao amigo onde estava
A menina das moedas ao Chico
Falou que cansou em esperar a
resposta do menino tímido
Sentei na calçada e pensei
Sou eu mesmo que não existo

Com a bondade de nem sei bem quem
Me botaram de novo na mesa
E agora eu cantava a Tigresa
De unhas negras mas de alma vã
O Amigo me disse: ouça
"Esse papo já tá qualquer coisa
Você já tá pra lá de Teerã"

Ah, coragem...
Aonde foi que tu se meteu?
Agora que tenho vontade,
Me faça a bondade, me deixa fazer
Que eu diga pr'aquela menina
Que ela é a coisa mais linda que me apareceu
Me deixa dizer...

Alexandre

Um texto sobre o amor - por Alan dos Santos Ramos

Já vi o amor nascer em lugares que nunca imaginei.

Na frente da tela de um computador com apenas trocas de emails.

Após um dia no parque entre duas pessoas que sempre estavam juntas mas nunca se falaram nem sequer se olhavam.

Já ouvi dizer que o amor aconteceu entre um casal que brincava e brigava na rua todos os dias desde os 7 anos de idade. Hoje eles têm mais de 30 anos juntos. Começou coisa de criança que virou um amor adulto.

Já vi amores nascerem em escolas, em praças de alimentação de shoppings, em igrejas e até em micaretas superlotadas.

Já ouvi história de uma mulher que por amor a seu marido falecido se mantém há mais de 50 anos sem saber o que é um carinho de um homem.

Já ouvi homens que largaram o seu grande amor por medo de não dar a vida que ela merece.

Já vi e ouvi todas as formas de amor. Mas quem sou eu para falar de amor?

É fácil falar de amor só quando se vê e se ouve.

Mas só se conhece de verdade quando se sente o amor.

Ainda faltam formas de amor para eu conhecer.

O amor de um pai pro filho, entre bons amigos, até mesmo o amor de uma mulher.

É só isso que sei do amor. Sei que não sei nada sobre amar!


Alan dos Santos Ramos

Palavras para acompanhar ou não a música - de Wallace Valadão

HISTÓRIA DE AMOR

Hoje estou em alta velocidade, extravaso minha tristeza.
A cidade parece mais calma, mas o tormento aqui continua.
Meu pensamento perdido, nossos sonhos ficaram.
Desde aquele dia, tudo se tornou mais rápido.
Desde aquele dia, tudo se foi.
Nossos encontros e desencontros, se tornaram um fardo.
Mas é nas luzes da cidade que vejo o brilho de seus olhos.
Tudo fica mais calmo com sua presença.
Então desde aquele dia o seu não, partiu mãe coração.
Mas ainda espero aqui dessa prisão.
Todos esses ruídos são minha fraqueza.
Corro até ti, por ser minha fortaleza.
Sou um herói perdido, não sei te esquecer.
O que faço agora aqui sem você?
A dor é universal, mas é a esperança que estabelecera seu retorno.
Mas corro contra o tempo, lá fora é perverso.
E eu o que faço aqui sem você?



Wallace Valadão

Joselita era proibida pelo pai de sair, até mesmo com amigas. Fora criada por ele e a prisão tornou-se ainda pior após a morte da mãe. Não podia frequentar a escola, como as outras meninas, e cursar o segundo grau. Muito menos realizar o seu sonho: ser artista de TV.

Quando fez 18 anos, teimou que queria trabalhar. Conseguiu driblar o pai e foi estagiar como datilógrafa. Nos corredores da empresa, sempre esbarrava em um bigodudo: o tal do Afonso.

Afonso era um chato, ou pelo menos era essa a opinião de Joselita sobre ele. O rapaz a elogiava, cumprimentava, deixava em sua mesa doces e botões de rosa e o pior: Não parava de olhá-la. "Será que esse cara não tem o que fazer não?", pensava Joselita.

Um dia o convite: sorvete após o trabalho. Mas o pai cronometrava seus horários, se demorasse sequer dez minutos as consequências negativas estariam garantidas. Então Joselita negou. Negou o primeiro, segundo, terceiro convite... No dia de seu aniversário, porém, decidiu que a fuga era merecida e a justificativa ao pai seria convincente. Finalmente disse "sim". Não por Afonso, mas pelo sorvete. Pela mudança, pelo novo, pela quebra do ritual diário marcado por minutos exatos.

Três bolas de sorvete de baunilha. Lá estava Joselita diante delas e do chato da empresa onde trabalhava. O assunto era parco. Afonso a chamava de "bonita", elogiava sua postura e sua intimidade com a máquina de datilografar. Esgotados os argumentos, começou a citar acontecimentos - que havia se apressado em consultar no jornal, assim que a saída para o sorvete fora acertada, para que assunto não faltasse. Mas Joselita não ouvia nada. Murmurava positivamente por vezes, quando sentia que era necessário. Estava eufórica por dentro. Lugar novo com pessoas bonitas e descoladas e ela alí, no meio de tudo, como se o mundo fosse seu por direito.

Nesse dia Joselita descobriu a solução para sua vida, a chave que a libertaria de proteção excessiva do pai: Afonso. Não exatamente o Afonso, mas o alguém para estar ao lado, o marido.

Era isso, ela precisava de um casamento! E o quanto antes. Depois dele, ela simplesmente poderia fazer tudo! E o pai? "Quem me importa meu pai?", pensou a garota. Enquanto Afonso falava de... de... de qualquer coisa que não fazia diferença para Joselita.

No dia seguinte, de volta ao trabalho, as mudanças eram visíveis. Logo ela, que demonstra apatia até por sua aparência, sorria feito criança, exibindo o batom cor-de-rosa, os brincos de pérola e o cabelo trançado amarrado por uma fita combinando com o batom. Nem parecia a mesma "JOOO-SEEE-LIIII-TAAAA!" que levou um susto com o grito do pai, na noite anterior, ao tentar entrar em casa sem ser notada.

Não tardou para que o pomposo Afonso surgisse com seu ar de galã mexicano. E foi inevitável a explosão de felicidade que Joselita expressou com seu "Quero!" ao ser pedida em namoro por ele.

Depois de birras do pai, seis meses de namoro, seis meses de noivado. Casaram. Se Joselita amava Afonso? Não. Amava os parques onde foram passear, os filmes que foram assistir no cinema, a escola que voltou a frequentar, os sorvetes na praça, a praia no final do mês, a casa em que reinava. Amava a liberdade.

AMORES MAL RESOLVIDOS


Olhe para um lugar onde tenha muita gente: uma praia num domingo de 40º, uma estação de metrô, a rua principal do centro da cidade.
Metade deste povaréu sofre de Dor de Cotovelo.
Alguns trazem dores recentes, outros trazem uma dor de estimação, mas o certo é que grande parte desses rostos anônimos tem um Amor Mal resolvido, uma paixão que não se evaporou completamente, mesmo que já estejam em outra relação.
Por que isso acontece? Tenho uma teoria, ainda que eu seja tudo, menos teórico no assunto.
Acho que as pessoas não gastam seu amor.
Isso mesmo. Os amores que ficam nos assombrando não foram amores consumidos até o fim.
Você sabe, o amor acaba.
É mentira dizer que Não. Uns acabam cedo, outros levam 10 ou 20 anos para terminar, talvez até mais.
Mas um dia acaba e se transforma em outra coisa: lembranças, amizade, parceira, parentesco, e essa transição não é dolorida se o amor for devorado até o fim.
Dor de Cotovelo é quando o amor é interrompido antes que se esgote.
O amor tem que ser vivenciado.
Platonismo funciona em novela, mas na vida real demanda muita energia sem falar do tempo que ninguém tem para esperar.
E tem que ser vivido em sua totalidade.
É preciso passar por todas etapas: atração-paixão-amor-convivência-amizade-tédio-fim.
Como já foi dito, este trajeto do amor pode ser percorrido em algumas semanas ou durar muitos anos, mas é importante que transcorra de ponta a ponta, senão sobra lugar para fantasias, idealizações, enfim, tudo aquilo que nos empaca a vida e nos impede de estarmos abertos para novos amores.
Se o amor foi interrompido sem ter atingido o fundo do pote, ficamos imaginando as múltiplas possibilidades de continuidade, tudo o que a gente poderia ter dito e não disse, feito e não fez.
Gaste seu amor.
Usufrua-o até o fim.
Enfrente os bons e maus momentos, passe por tudo que tiver que passar, não se economize. Sinta todos os sabores que o amor tem, desde o adocicado do início até o amargo do fim, mas não saia da história na metade.
Amores precisam dar a volta ao redor de si mesmo, fechando o próprio ciclo.
Isso é que libera a gente para Ser Feliz Novamente."

[ Arnaldo Jabor ]

Amor musicado


Com a "tarefa de casa" de trazer histórias de amor, Wallace Valadão - ex-aluno da Escola Livre de Cinema, em Nova Iguaçu, assim como eu - se viu com o prazo de uma semana pra expressar o amor em uma melodia. Parte do resultado, você deve estar ouvindo nesse exato momento. A música, na íntegra, será usada em uma das colisões que serão feitas em um dos nosso encontros na UFRJ.
Wallace usou como referência uma música do filme "Babel", e comentou com um amigo sobre sua participação com voz. Mas a correria foi grande. Ele escreveu e reescreveu a letra, nunca ficando satisfeito com o resultado (ele integra aquele grupo dos auto-críticos demais).
A incompatibillidade de horários entre Wallace e o amigo da voz também não ajudava muito.
Até queee... depois de mostrar a música pra um amigo em comum nosso(Getulio, que estudou conosco na ELC), recebeu as seguintes palavras: " Cara, essa música tá do *******! Não precisa de letra, por que não escreve o que pensou separado?"
LUZES!
Tudo clareou pro Wallace nesse instante!
Ele optou por fazer uma trilha, com elementos eletrônicos, uma orquestra de fundo e um piano fazendo o tema. A letra seria conforme a interpretação da pessoa que a ouvisse.

O pensamento do Wallace a respeito da música é o seguinte(nas palavras do próprio):
"Ele busca na velocidade extravasar a tristeza... Vê nas luzes da cidade o brilho dos olhos dela Quer esquecê-la, mas nao consegue ficar sem a presença dela, e a velocidade mostra sua busca, seus pensamentos perdidos... Imaginei um cenário tipo experimental...ele em alta velocidade...de uma lado o cais do porto, mar, céu...do outro o urbano, o som que o incomoda... Ele se sente como um herói perdido... e pergunta no final "O que eu faço aqui agora sem você?""

sábado, 16 de maio de 2009

MUTUM


Galera, estou adorando as aulas do Projeto, em duas aulas já ocorreram muitas coisas interessantes, entre todas acho que não poderia ficar defora uma postagem sobre um dos momentos da aula da última quinta- feira, dia 14/05, no qual obtivemos a participação da roteirista do filme Mutum, e pesquisadora de João Guimarães Rosa.
Ana Luiza, falou de sua admiração por Guimarães, por toda sua obra, e claro, como foi feita a adaptação do conto "Miguilim" para o roteiro do filme com direção de Sandra Kogut, gente eu tive a oportunidade de asistir no festival Iguacine 2007 (festival de cinema da cidade de Nova Iguaçu), e realmente é muito bom e é perceptível a obra de Guimarães no filme .
Para quem quiser mais informações sobre o tema dê uma conferida na matéria da UFRJ on line na página http://www.ufrj.br/detalha_noticia.php?codnoticia=7525 , e/ou confiram o site do filme http://www.mutumofilme.com.br/ .
Cristiane Santos Machado

Ela, Ele e Eles

Recorte do cartaz de "Três formas de amar" (1994)

A minha história de amor é quase um triângulo amoroso, mas não chega a tanto.
Uma menina conhece um rapaz em um aniversário de amigos em comum, na época, desde o momento que ela o viu, sentiu algo diferente, e desde então fazia de tudo para se aproximar da sua nova amizade com a intenção de um dia ele se apaixonar por ela também.
Desde o primeiro dia que ela o viu, achou que era o cara dos seus sonhos, um rapaz de boa família, alto, loiro, olhos claros, gostava das mesmas coisas que ela, era um sonho.
Após dois anos gostando em silêncio, o rapaz percebeu que sua amiga não o queria apenas como amigo, e resolveu conversar com ela, mas para a sua tristeza, ele não a queria mais do que amiga, apesar de tudo ela aceitou, mas ainda sim havia esperanças, e fazia tudo para estar por perto.
Durante o período dos jogos PanAmericano 2007 no RJ, ela resolveu ser voluntária e o fez ser também para estar sempre junto, só q ela não esperava que sua ação voltasse contra ela. Durante os jogos, o rapaz conheceu uma pessoa que ele se interesou, porém manteu tudo em segredo, só que havia um detalhe, que essa terceira pessoa era canadense, e ele não sabia nada de Inglês, pedindo assim ajuda de sua amiga para algumas traduções, até que os jogos passaram.
Mas, entre todos os acontecimentos, houveram muitos outros que até quase provocou o fim da amizade dos dois. Foi entre esses acontecimentos, que o rapaz se viu diante de uma outra situação, na qual não dava mais para ele fugir, e viu que sua amiga já estava preparada para ouvir tudo que ele tinha para lhe contar.
Um certo dia, para esclarecer muitas coisas que estavam ocorrendo, ele fez uma grande edeclaração para sua amiga, mas tal declaração não era exatamente a que ela desejava ouvir, mas teve que ouvir e amadurecer todos os seus conceitos. Ele se declarou homossexual, e que estava namorando um rapaz que era a pessoa que ele conheceu nos jogos, e entre todos os altos e baixos que envolviam seus sentimentos, a menina ficou do lado de seu amigo, o apoiando, os dois passaram por mudanças juntos, o momento em que ele contou à familia, e tudo mais que aconteceu em suas vidas.
Atualmente são grandes amigos, uma amizade de irmãos, e o rapaz que é o namorado canadense, também é amigo da menina.
Todos os acontecimento fizeram com que quebrassem pré-conceitos, e fortalecesse a amizade entre todos os envolvidos.

Depois de conhecerem um pouco da história, Ela, Ele e Eles, apresento um texto que fiz para representar.


Em silêncio

Cristiane Santos Machado

Te ver e não te sentir

Te sentir apenas no meu amâgo

Te ter e não te ter

Seguir minha vida te amando

Apenas no meu silêncio

Te ter apenas como meu amigo

Viver com o meu amor por ti

Somente no meu interior

Seguirei meu destino

Te amando

Te tenho, você me tem

Te sinto, você me sente

Você me vê e Eu te vejo

Seguiremos nossa vida

Nosso destino juntos

E em silêncio.


Cristiane Santos Machado

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Debutante

Oi pessoal!

Consegui entrar no bloooog! Consideremos isso uma vitória já que sou "um pouco" atolada para assuntos tecnológicos...hehe! É a primeira vez que participo de um blog, acreditam?

Tenho muitas coisas para comentar sobre o nosso encontro de quinta passada que foi realmente maravilhoso. As idéias agora estão fervilhando num caldeirão! E os textos estão comigo, vou digitando aos poucos no blog para que todos nós possamos ter acesso a todo o processo criativo, ok? Quem já tem o próprio texto digitado, por favor, disponibilize pra gente e aí diminui o meu serviço no teclado!

Beijos e até já!

Bianca.

domingo, 10 de maio de 2009

Inauguração do blog


Bem galera, sou Cristiane Santos, sou formada em Letras, fiz cursos na Escola Livre de Cinema de Nova Iguaçu, uma experiência maravilhosa.

Agora, aqui no Projeto Colisões, uma excelente parceria entre a Secretaria da de Nova iguaçu com Universidade Federal do Rio de Janeiro, que irá encrementar nosso olhar cultural pela arte conteporânea.

Para integrar na turma, foi necessário uma seleção entre os ex-alumnos da ELC, com uma proposta de projeto, a minha foi a de se fazer uma pesquisa sobre as conversas dentro de coletivos, no caso abrangir somente os ônibus que circulam na cidade de Nova iguaçu e os trens que fazem o trajeto D. Pedro II/Japeri e Queimados.

As aulas de quinta-feira, que acontecem no PACC, tem grandes profissionais em seu desenvolvimento, a primeira aula, que ocorreu no último dia 07 de maio, já obteve excelentes resultados, onde foram apresentados os objetivos do curso,trabalhos já realizados pelos organizadores do projeto, entre muitas outras atividades, e claro que não poderia faltar o trabalho de casa, procurar histórias de amor e coletar imagens que façam referência com essas histórias.

Saímos da Eco, com as ideias borbulhando na mente.

Bem galera, espero que todos tenham tido a mesma sensação que Eu, ou quase isso, tenho certeza que faremos um ótimo trabalho no Projeto.

E vamos fazer do blog nosso "forum".